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[RESENHA] UM AMOR DE DETETIVE

Por Bruno Marukesu •
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Autor (a): Sarah Mason
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2004
Lido em: fevereiro de 2014
Nº de páginas: 336
Onde Comprar: ESTANTE VIRTUAL

 Neste divertido romance de estréia de Sarah Mason, Um amor de detetive, os opostos se encontram e - como não poderia deixar de ser -, também se atraem. A bela Holly Colshannon é uma ambiciosa e desastrada jornalista da Bristol Gazette. James Sabine (apenas um pouco mais bonito que ela), é um sargento-detetive durão, grosseiro e ressentido. Levados pelo acaso , eles se encontram diversas vezes por conta de uma série de coincidências bastante oportunas. Rapidamente, a determinada Holly vê em James a grande chance de progredir em sua carreira e decide segui-lo por um período de seis semanas a fim de escrever uma coluna crimina, que poderá vir a ser o seu primeiro sucesso jornalístico. O lado positivo da situação é que ela consegue obter a tão sonhada coluna O lado negativo é que o bonitão não está nem um pouco feliz com a presença constante de Hally em sua vida.

 O livro hoje resenhado foi encontrado numa prateleira da biblioteca pública da minha cidade (Macapá). O havia evitado pela capa ser fofa demais. Entretanto, não resisti e o peguei emprestado para ler e posso dizer que essa foi uma das melhores decisões que tomei em minha vida.

 Em Um Amor de Detetive somos apresentados à jornalista Holly Colshannon. Ela é completamente maluca e seu corpo é uma bomba atômica ambulante. Nada de bom pode sair de seus atos. Parece que o destino está sempre pregando uma peça com infinitos atos em sua vida.

 Holly tem uma melhor amiga, Lizzie, que sempre está ao seu lado e logo no inicio do livro somos apresentados a ela numa situação nada normal. Confesso que me espoquei de rir logo no sexto parágrafo da primeira folha. Nunca havia gargalhado tanto durante uma leitura e isso me fascinou,logo de cara na escrita da Mason.

 Holly é uma espetacular jornalista, mas que cobria somente enterro de animais de estimação (até agora me pergunto o porquê). Entretanto, isso muda quando um funcionário que era responsável pela área policial deixa o jornal e ela fica em seu cargo para completo e absoluto desespero de Holly.

 A área policial é um dos piores lugares que um jornalista pode cair, pois a impressa sempre é mal vista pelos policiais que não fazem questão de facilitar o trabalho dos repórteres. Existe um antagonismo grande entre eles, o que eu até então desconhecia (isso ficou claro num drama que estou acompanhando que se chama Pinocchio).

 Confusões à parte, Holly passa a ser sombra de um detetive enquanto escreve um diário (como uma coluna diária) para o seu jornal. E o detetive que ela tem que seguir é justamente um dos mais chatos da delegacia e que é difícil de aturá-lo. Seu nome?
 James Sabine.

  Daí começa uma série de confusões onde Holly sempre está envolvida e é impossível segurar o riso nas situações. Ô mulher lesada. Ela é um para-raios ambulante de situações embaraçosas. E o que torna o enredo mais engraçado são as briguinhas constantes entre James e ela. Os dois sempre estão se alfinetando e isso é algo muito fofo de presenciar.

 Durante as missões, James - ou melhor, Holly - percebe que eles estão no encalço de um ladrão em série e Holly fica feliz, pois pedia aos céus por essa oportunidade. Mas conforme avançam na investigação uma centelha de sentimento começa a surgir em Holly para com James e é claro que sabemos no que isso vai dar, não é mesmo?!

 Mesmo a história sendo clichê, até certo ponto, senti uma grande propriedade na escrita do enredo. O livro foi feito simplesmente para nos proporcionar horas agradáveis de leitura. Ele foi feito para o entretenimento completo do leitor e nada mais. Percebo que a autora não procurou se aprofundar na história, pois ela mesma não tinha profundidade. Claro que eu desejei mais capítulos para ver como o romance se fundamentava e se Holly se martirizaria, mas isso não tirou o brilho da obra aos meus olhos.

 A autora Sarah Mason escreve muito bem e como esse é o primeiro livro dela - publicado, pela primeira vez, em 2002 - já deve haver outros títulos de sua autoria e já estou na caçada para leitura.

 Quanto ao trabalho da editora não tenho nada a reclamar. A Bertrand Brasil foi muito feliz na escolha dessa obra para a tradução em português. As páginas são brancas, mas a fonte das letras é num tamanho agradável possibilitando uma leitura rápida. E a capa é chega a ser fofa, mesmo eu acreditando que poderia ter sido melhor.

 Recomendo a todos os leitores que procuram uma obra para somente passar o tempo e dar boas gargalhadas. Que não quer quebrar muito a cabeça para entender o enredo e que se sinta feliz após o término da leitura. ^^


CRÉDITOS DA IMAGEM: LIVRO DOCE LIVRO.


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