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Conto de Amor: Amor Sem Medida, de Mairton Costa

Por Salvattore Mairton •
sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Eu quero a sua atenção, pois o que você vai ler agora, é para ter a certeza que o amor muitas vezes é difícil de entender.
Ele se chamava Jean Martini, filho de conde rico na pequena cidade de Boa Vista, Minas Gerais. A época da nossa história é de 1860. Desde que nascera, era prometido em casamento a uma moça que ele só conhecia o sobrenome, que pertencia a grande família Monterrei, porém nunca a tinha visto e muito menos sabia seu primeiro nome. Ele em seus pensamentos estava aflito, pois o dia do casamento estava próximo, mas ele não sabia se seria feliz, tinha o sonho de casar um dia com quem realmente amasse.
Próximo ao casarão que morava, havia um grande lago, que desde a sua infância visitava e adora ficar o dia passeando por ali.
Mas naquele dia em especial algo aconteceu de diferente, na sua caminhada diária avistou uma linda donzela sentada em uma pedra próxima olhando para o lago. Ao perceber que estava sendo admirada, ela fez menção de partir, porém ele a segurou pelo braço e disse: fique por favor.
- Não posso – disse ela.
- Por quê?
- Sai escondida de meu pai, se ele ao menos sonhar que estou aqui não me perdoará.
Ele sorriu para ela, e soltou seu braço. Ela retribuiu o sorriso.
- Me chamo Jean, qual seu nome?
Ela relutou um pouco e no fim disse: Me chamo Catherine.
- Você é muito linda, faz um bom tempo que não avisto uma moça tão bela.
Ela agradeceu com um sorriso, e partiu.
A partir daquele dia no mesmo horário eles passaram a se encontrar. Ficavam horas conversando, falando sobre suas vidas. Porém ele nunca contará que já era noivo, de alguém que ele nem conhecia. Dias se passaram, meses, até que em um encontro Jean tomou coragem e roubou-lhe um beijo. Um beijo apaixonado, de amor, que foi retribuído por ela.
Os dois confessaram estar apaixonados, se abraçaram e disseram que aquele amor era infinito. Porém no dia seguinte, depois de contar as horas, ele foi ao seu encontro, mas ela não apareceu.  E isso aconteceu nos dias seguintes. Ela desapareceu.
Desiludido e achando que Catherine o havia abandonado, ele aceitou o casamento com a Senhorita Monterrei.
E o dia do casamento chegou, lá estava Jean no altar, o coração apertado porque ainda lembrava daquele seu amor do lago. As horas se passaram e nada da noiva aparecer, até que o pai da noiva entrou na igreja chorando e gritando que a filha tinha desaparecido, que ele já procurara em todos os lugares e não havia achado.
Triste, abatido e mais uma vez decepcionado, Jean resolveu sair da igreja sem falar mais com ninguém e se dirigiu ao lago, precisava pensar, precisava lembrar do seu amor. E qual não foi sua surpresa, ao ver de costas uma noiva de costas olhando para o lago. Só podia ser ela, sua futura esposa, chegou perto, tocou em seu ombro e quando ela virou-se, teve uma grande surpresa...
Sua noiva era a Catherine, aquela mesma por quem ele se apaixonou, e que havia sumido.
- Catherine, então você é a Senhorita Monterrei?
- Sim, sou eu, Jean.
- Nunca imaginei que fosse você, mas se você sabia que eu era seu noivo porque sumiu, porque não apareceu na igreja.
- Quando sumi, não sabia que você era o meu noivo, sumi porque estava prometida e nosso amor seria impossível, hoje horas antes do casamento descobri quem era você. Fiquei com vergonha, medo, achei que você nunca mais ia querer olhar para mim.
- Claro que eu olharia pra você, eu te amo, te amo eternamente Catherine.
Ele se aproximou e a beijou. Enfim estavam juntos, sem que ninguém os pudesse separar e entendo que o amor as vezes, ou quase sempre nos guarda muitas surpresas...

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