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ENTREVISTA COM KENNY TESCHIEDEL AUTOR DE O RAPTO DOS DIAS

Por Adriano Silva •
terça-feira, 13 de agosto de 2019
Nossa entrevista de hoje é com o escritor Kenny Teschiedel autor do livro que vem conquistado o público; "O Rapto dos Dias. Venha conosco conhecer um pouco dessa grande revelação da Literatura Nacional.

...mas antes conheça a Sinopse da obra:


Livro: O Rapto dos Dias
Autor: Kenny Teschiedel
Editora: Grupo Editoral Hope
Onde encontrar: Amazon  Editora Hope

Sinopse:
"Bom dia! Você é a Rosana? Você está presa!"
Catarina de onze anos e Francisco, de nove, ouviram estas frases dos policiais que adentraram sua casa e levaram sua mãe. A partir desse dia, a vida dos três tomaria rumos distintos. Rosana para o presídio. As crianças para um orfanato. Sobrara aos irmãos apenas o forte amor um pelo outro para encarar os desafios e artimanhas que a vida lhes preparara. Mas diante de preconceito, desigualdade, injustiça, violência, conseguirá o amor manter os dois afastados da tênue linha que separa do ódio?
Um drama intenso e envolvente, que busca a todo momento a reflexão do leitor.




1-    QUEM É KENNY TESCHIEDEL?

Kenny Teschiedel é um psicólogo, pós-graduado em Psicanálise e, atualmente, acadêmico do curso de Letras, dependente viciado pela escrita. Desde muito cedo, sua forma mais legítima de expressão dava-se através dessa ferramenta.

2-    QUAIS SUAS OBRAS PUBLICADAS?

Em 2013, publiquei meu primeiro livro, “Toda Forma de Amor” (Ekos Editora), que reúne 20 contos em que o amor é o pano de fundo. Em 2016, publiquei meu primeiro romance, extraído do meu primeiro livro, “O Diário Secreto do Cavaleiro Mascarado” (Editora Autografia), que conta a história de um assassino de aluguel, no meio do Velho Oeste, que se apaixona por sua vítima. Neste ano, publiquei em abril um livro infantil, “A Palavra Perdida” (Perensin Produções), em que um Escritor amanhece com todos os materiais de trabalho à disposição: a caneta, o lápis, a máquina de escrever, menos a Palavra. E, por isso, parte em uma caçada em sua busca.

3-    QUAIS AS EXPECTATIVAS NA PUBLICAÇÃO DO NOVO ROMANCE “O RAPTO DOS DIAS”?
 
Espero que o leitor, ao se deparar com a história d’O Rapto, consiga criar um sentimento de empatia com as personagens e entender suas motivações sem julgá-las. Como o livro é narrado a cada capítulo por uma personagem diferente, minha intenção foi instigar no leitor uma precipitação de julgamentos e, no capítulo seguinte, desconstruir o que tinha criado para rever seus conceitos de valores, moralidade, etc.

4-    A ARTE DE CAPA FICOU MUITO BONITA. CONTE-NOS SOBRE O CONCEITO QUE ENVOLVE A IMAGEM COM A HISTÓRIA.



Realmente! Sou suspeito para falar, pois estou apaixonado! Mas a arte contemplou fielmente a proposta da história. O cenário representado na capa faz alusão ao contexto de marginalização e exclusão social que minhas personagens transitam ao longo da história. A ampulheta, no reflexo do menino na água, busca representar essa passagem de tempo que as personagens tentam recuperar, numa tentativa que pode ser possível ou não. Daí, a frase de efeito: “Pode o tempo reparar os danos do passado?”.

5-    O QUE PODEMOS ESPERAR NESSA NOVA OBRA E EM QUAL GÊNERO ELA SE ENCAIXA?

A história de “O Rapto dos Dias” toca em muitas feridas sociais: injustiça, violência, desigualdades, preconceitos. Acredito que o leitor possa esperar uma trama bastante densa, até repugnante em alguns momentos, mas tocante o suficiente a ponto de inquietar. Afinal, esse é um dos motivos pelos quais escrevo: gerar incômodos e desconforto. Não tenho muita certeza, mas acredito que a obra possa encaixar-se no gênero novela dramática.

6-    É CONSENSO GERAL DE QUE "O BRASILEIRO LÊ MUITO POUCO". COMO VÊ ESSA AFIRMAÇÃO?
 
Concordo. Infelizmente, a leitura e a literatura têm perdido um espaço cada vez maior no cotidiano do brasileiro, especialmente numa competição tão desleal com a tecnologia. Apesar de haver espaços bastante próprios para a leitura (Kindle, e-books, etc), o brasileiro hoje busca por uma leitura emergencial, desprezando uma leitura mais profunda (isso explica a profusão das fake news, por exemplo). Além disso, num atual período que atravessamos, cujo os privilégios se voltam a um modelo de educação tão rasa, a leitura vem perdendo espaço vertiginosamente. Uma lástima! Gente que lê é gente que pensa e gente que pensa questiona. É gente que incomoda. Esse tipo de pessoa não faz bem aos olhos dos senhorios.

7-    É POSSÍVEL UM(A) ESCRITOR(A) VIVER NO BRASIL EXCLUSIVAMENTE DE SUA ARTE? PORQUE?
 
Com um bom golpe de sorte, talvez. No entanto, tenho acompanhado o noticiário de livrarias fechando suas portas, a própria evasão dos hábitos de leitura (como comentado anteriormente) e a minha experiência pessoal me levam a crer que não. Seria um sonho! Mas ainda não cheguei nesse nível.


8-    NA SUA OPINIÃO, O QUE DEVE SER FEITO PARA MUDAR ESSE CENÁRIO?

Pessoalmente, os autores nacionais e independentes precisam estar mais engajados com a causa e trabalhar em prol uns dos outros. Assim como todo artista que não tem seu valor reconhecido, é justo que divulguem, incentivem, agreguem valor às obras. Precisamos trabalhar como formiguinhas.

9-    QUAIS SUAS AMBIÇÕES?

Gostaria de atingir um público maior, que minhas obras pudessem tocar pessoas em lugares que ainda não estive e fazer da minha escrita um ato político.

10-    FALE-NOS SOBRE SEUS PLANOS PARA O FUTURO?

Pretendo trabalhar muito nos próximos anos para sair do lugar em que estou morando atualmente. Concluir minha faculdade e dar início a uma segunda pós-graduação ou, quem sabe, um Mestrado na área. E não parar de escrever. Nunca!


11-    QUAL SEU LIVRO OU AUTOR DE CABECEIRA?

Atualmente, estou tendo a companhia de Aline Bei e seu incrível “O Peso do Pássaro Morto”. E  é incrível por ser a) uma autora nacional; b) eleito como o melhor livro de 2018 pelo Prêmio São Paulo de Literatura; c) escrito em prosa poética, um gênero que até então não tinha lido; d) em que a personagem vai narrando sua história, dos 08 aos 52 anos, e o leitor vai percebendo o amadurecimento de uma mulher através de suas perdas. Leitura obrigatória!

12-    UMA FRASE MOTIVACIONAL.

Vou de Rubem Alves: “O que escrevo não é o que tenho; é o que me falta. Escrevo porque tenho sede e não tenho água. Sou pote. A poesia é água”.

13-    UM DEFEITO E UMA QUALIDADE
 
Defeito: Insegurança.
Qualidade: não saberia responder

14-    UM SONHO

Obter reconhecimento através da minha escrita.

15-    EU ODEIO...

Injustiça

16-    EU AMO...
 
Contar histórias!

16 - ME REALIZEI PROFISSIONALMENTE QUANDO...

    Não sei se esse momento já aconteceu. Já tive diversas situações que me emocionaram e me deixaram orgulhoso do trajeto que percorri. Mas costumo dizer que sou pequeno demais e o mundo é enorme. Estou só engatinhando...

17-    AGRADECEMOS SUA ATENÇÃO POR ESTA ENTREVISTA E LHE PEDIMOS QUE DEIXE UMA MENSAGEM AOS NOSSOS USUÁRIOS

Gostaria muito de agradecer a atenção de quem teve um pouquinho de curiosidade em conhecer mais sobre mim e meu trabalho. Desejo que, assim que setembro chegar (e, junto com ele, “O Rapto dos Dias”), vocês sejam arrebatados por uma história profunda, que desperte emoções e outras visões de mundo. Estou oferecendo um projeto de muita entrega, em que depositei toda energia e o melhor de mim. Há uma representatividade imensa na minha história e eu espero que deixe alguma marca na história de vocês também. No mais, sigam-me nas redes sociais, vamos manter contato e fazer a roda girar! Será um prazer receber suas reações pós-leitura. Um abraço a todos!

 


Esperamos que tenham gostado de conhecer um pouco sobre Kenny e o Rapto dos Dias. Até a próxima Entrevista!

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