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A CHAVE DA DIVULGAÇÃO

Por Delson Neto •
sexta-feira, 19 de maio de 2017

 Hey, galerinha! Tudo bem com vocês?

 Essa semana fui convidado pela autora Letícia Godoy para dar uma entrevista em seu grupo do Facebook – o “Escrevinhando” – onde pude comentar um pouquinho sobre a minha experiência (que é pouca, mas de vez em quando funciona!) com divulgação de autores e obras nas redes sociais.
 Então se você é leitor, blogueiro, ou escritor – quem sabe os três, como no meu caso – chega mais!

 O primeiro passo para entrar de cabeça nesse mundo de criar suas autopromoções, divulgações e afins é: estudo. Sim! Mas não falo aqui de um estudo extremamente técnico sobre as ferramentas digitais, lógico, isso junto te agrega muito mais – só que a maioria de nós, como autores, somos marinheiros de primeira viagem quando se trata de mexer em imagens, pensar em posts e coisas que estão a anos luz do nosso alcance. Esse tipo de estudo acontece através de algo muito básico, que se trata da experimentação em si: ao entrar em uma rede social para utilizá-la ao seu favor, você tem que experimentar tudo que ela te oferece! Veja o que o público dela gosta, realize testes, haja como se estivesse em um grande laboratório!

 Por exemplo, o Instagram é uma rede social com um público muito específico e cheia de possibilidades. Experimentando, você consegue cativar alguns leitores, ou criar uma rede nova de interações. O segredo dele mora na linha de criação que você quer usar – será um perfil pessoal, profissional ou focado apenas no seu blog/livro? Há várias linguagens para cada um desses setores. Por exemplo, se você quer juntar o profissional ao pessoal, as imagens têm que seguir a mesma “regra”. Parece besteira, mas os usuários do instagram são exigentes. A rede surgiu para fotógrafos, inicialmente, então manter um feed esteticamente agradável é um bom chamariz, então a partir disso nós aprendemos uma linha de edição de imagem a ser seguida, efeitos e afins: é sempre bom lembrar para não exagerar na utilização desses recursos.
Instagram da youtuber e escritora parceira do meu livro, a Mariana Teixeira
Ela trabalha muito bem essa questão visual no feed dela, vale a pena conferir!

 Já se é um perfil voltado apenas para o livro em si, sem nada pessoal, as coisas são menos restritas, o que importa aqui é você ter pleno controle da identidade visual da sua obra, porém, comentarei só sobre isso em outra sexta-feira, pois é um assunto longo! Como exemplo, o instagram da minha saga Os Guerreiros de Alquemena passou por mudanças recentes, agora, todas as fotos são uma imagem só que é montada ao longo dos meses a partir de um mosaico que preparei! Para chamariz de likes e seguidores, não funciona tão bem, mas é maravilhoso para deixar o leitor imerso na história! ;)
Deem uma olhadinha! Esse é só um pedacinho :D

 O Facebook é também um desafio e tanto a parte. Veja, é a rede com a maior parte dos usuários da internet, o que por si só cria diferentes nichos dentro do próprio site – manjam de “A Origem” (Inception)? É tipo isso, uma realidade dentro da outra. Então para você divulgar o seu trabalho dentro do Facebook tem que saber exatamente em qual nicho quer entrar primeiro, pois eventualmente ele te levará a outros e também a novos públicos. Na minha opinião, é a rede menos prática e sem muitos macetes na hora de divulgar nossos trabalhos, mas é a com maior alcance. 95% dos leitores que podem ser conquistados de forma mais fácil é por ali: nos grupos, na linha do tempo, criando páginas específicas para seu livro ou blog.

 A partir da criação de posts diferentes, com bom uso de texto e fotos, montagens, etc, você consegue inseri-los em grupos específicos para literatura. Como usuário do Wattpad e também da Amazon, foi assim que aos poucos comecei a formar leitores assíduos. Tem muita gente no Facebook disposta a conhecer trabalhos novos, mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar o trabalho cair ao ver esse ambiente mais propício a um alcance diferenciado. Todo dia é um desafio entendendo quais divulgações funcionam ou não.

Capas de ''Os Guerreiros de Alquemena'' e de ''Shura'' no Facebook

 Vale lembrar que: tanto no Facebook, como no Insta, devemos prestar muita atenção em um fator importante. Eles são veículos que conduzem o leitor ao nosso trabalho, não o representam em essência, apenas uma projeção dele – o que apresenta, o que há por trás da história. Logo, os recursos usados devem ser chamativos, mas nunca devem entregar totalmente o produto final. Devemos pensar em tudo como pequenas pistas que levam ao tesouro escondido.

 Falando em conduzir, é bom pensarmos no uso das tags. O Twitter é onde elas nasceram com maior força, devido ao ritmo acelerado e fluidez de notícias e contatos de lá, contudo, aos poucos as famosas # migraram para cada canto do mundo virtual. Hoje, funcionam como o pão na fábula do João e Maria – pequenas migalhas que são pegas ao longo do trajeto, até que encontrem a casa de doces da bruxa. Você deixa uma tag #livros e chama público interessado nisso. Quanto mais específico for o público, mais específica será a tag e mais você conseguirá filtrar quem tem interesse nas suas produções.

 Há lá seus jeitos de usar as tags. Pesquisar quais são mais eficazes ou não é interessante. No instagram elas costumam funcionar melhor do que no Facebook – mas nessa última, torna-se uma ferramenta muito útil para pesquisa de usuários e para seu próprio controle de postagens.

 Se há uma chave ou não para a divulgação? Bem, acredito que, com essas pinceladas bem básicas acerca de como você deve estar preparado para essa parte intensa do processo, conseguimos sacar algo logo de cara: sua principal arma aqui é a capacidade de observação. Observar o mundo, experimentar, entender o que acontece. Para isso não é preciso ter medo. “Quem arrisca não petisca” é uma grande verdade aqui. Temos a internet em mãos, uma infinidade de programas disponíveis para download, estamos o tempo todo conectados passando por informações. Em vez de só rolarmos a tela da timeline para baixo, vamos começar a absorver o que há de positivo em sua estrutura. Atenção aos detalhes é fundamental. E assim, aos poucos, aprendemos mais não só sobre formas de ampliar nosso trabalho, como passamos a entendê-lo como um todo.

 Espero que tenham gostado!
 Até a próxima :D

Comentários via Facebook

2 comentários:

  1. Excelente! Adorei quando você diz que é como um grande laboratório. É por aí. Cada autor vai encontrando seu caminho e o jeito de interagir com os leitores e é importante testar sempre diferentes formas.
    Abraços

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  2. Adorei Delson! Percebi que de um jeito, estou utilizando os mecanismos certos... Sei que ainda tenho muito a aprender em relação a divulgação, mas estou chegando lá.
    Abraços.

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