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Tips & Tricks por Delson Neto - Zumbis e Cultura Pop

Por Salvattore Mairton •
sexta-feira, 21 de abril de 2017

Hey, galerinha! Tudo bem com vocês?


Tivemos um feriadinho na semana passada e nesta também – mas hoje tem coluna aqui :D
Sejam bem-vindos a mais uma TIPS&TRICKS. O assunto desta sexta é: o fascínio pelos mortos-vivos na cultura pop, pegando como exemplo o mangá Fort of Apocalypse, lançado pela Editora JBC e concedido em parceria para o blog ;)



Vocês certamente já repararam, assim como eu, que em diversas áreas da arte temos exemplos claros de enredos que envolvem zumbis, mortos-vivos e seres que estão neste limiar entre a vida e o que há após dela. Na literatura, não escapamos muito: Game of Thrones, Trono de Vidro, O Orfanato da Sra. Peregrine são só alguns exemplos contemporâneos de histórias, em essência do gênero fantástico, que incorporam estes seres que tantam aguçam a curiosidade dos leitores mais devotos. White Walkers (Caminhantes Brancos), Skinwalkers e afins são todos criaturas que já deixaram o plano humano há tempos!



Será que temos tamanha aversão a morte, ou melhor, de deixar a vida a ponto de cogitarmos um fim do mundo repleto de seres… Mortos? É estranho, não é, se paramos para pensar nesse culto aos zumbis. É um universo cheio de sangue, gore, vírus e possibilidades horríveis (algumas não tão remotas assim); nada de otimismo aqui, somente catástrofes. É como se tivessemos, lá no fundo, mesmo aqueles não tão chegados a histórias que seguem essa linha, os sentidos aguçados quando estamos diante de situações temíveis. Ao invés de corrermos para longe de medo, relutamos – damos um passo para trás, desejando encarar a beleza que se esconde naquilo que tememos, depois corremos.



Salve-se quem puder! As histórias de zumbis também estão recheadas de seus famigerados clichês, o que, convenhamos, não é de todo ruim. Quem não gosta de pegar uma obra em mãos, seja literária, ou em série, exatamente do jeitinho que gosta? Mas é legal quando achamos coisas que escapam do formato, ainda que abordando o mesmo assunto. Por exemplo, recentemente a Netflix nos trouxe a série Santa Clarita Diet (que eu particularmente acho de um tom de humor excelente, haha) que ainda contendo traços das tradições em torno dos zumbis, tem um cenário de cotidiano genial.








Em Fort of Apocalypse, lançado em 2014 no Japão e que agora dá as caras aqui no Brasil através da Editora JBC, temos aí uma leve mudança de cenário: os zumbis dominaram o japão, de maneira enigmática, e talvez o único lugar com sobreviventes seja um reformatório de menores infratores extremamente violentos – bem, nem todos, Yoshiaki Maeda, o suposto protagonista, jura ser total inocente de seus “crimes”. Bem, por que suposto? Pois temos aqui um mangá que traz personagens muito cinzas, todos agem por si, não há herói, ou anti-herói, a construção deles nesse mundo se revela aos poucos ao longo das páginas. Com direito a muito sangue, claro.


A tensão é total. O mundo foi tomado por uma epidemia zumbi fulminante. O fim se aproxima e não há para onde fugir. Trancafiados em um reformatório para delinquentes, um grupo de jovens irá descobrir que a prisão pode ser o único lugar seguro na face da Terra em Fort of Apocalypse (Apocalypse no Toride, no original), o oitavo mangá anunciado em 2016 pela JBC.”



Neste primeiro volume somos apresentados aos personagens centrais, que são estes jovens presos em um determinado setor do Instituto Shouran quando de repente um policial surge no pátio com um visitante nada convencional, que acaba trazendo caos a todo o reformatório ao comer vivo um dos guardas. Como estão desprovidos de meios de comunicação e afins, tudo que chega até os garotos é através do denso cenário de destruição da cidade, possível de ser visto do alto do prédio da instituição.



Temos aqui um clima bem “Battle Royale”, quem já leu o livro deve saber bem: a contagem de vivos e mortos durante a mudança de capítulos, o que eu acho bem interessante para a história, uma vez que a mudança de eventos aqui ocorre rapidamente (veja, é um mangá curtinho, dá para ler em uma tarde) e isso agrega uma dinâmica ao leitor, para que tenhamos uma perspectiva do caos instaurado no Japão após o misterioso aparecimento dos zumbis.


Falando um pouco da qualidade estética: a capa é lindíssima! O acabamento não é o mesmo de luxo que vemos em FullMetal Alchemist, por exemplo, por se tratar de uma edição convencional e de custo mais acessível, mas isso não deslegitima EM NADA a qualidade de impressão e capa. Na parte interna temos essa linda arte colorida, as folhas impressas em papel simples com cheirinho de mangá do jeitinho que a gente gosta <3



O mangá tem como roteirista Yu Kuraishi e a arte por Kazu Inabe. O roteiro ainda tem ali suas dificuldades, justamente por ser rápido e ter uma confusão danada com o nome dos personagens (sério, eu tive que marcar a página que tem todos eles, pois me embananei rapidinho com os nomes semelhantes), mas a história é muito fluida. Senti falta de protagonismo feminino, espero que nos próximos volumes isso mude um pouco, veremos! Além disso, os traços mantém uma simplicidade atrativa, nada preguiçosa, e que traz um destaque ótimo que reparei – os olhos dos personagens, o terror presente neles, ou a fome nos queridos zumbis, são sensacionais! Mudam totalmente a abordagem violenta do enredo, tirando o foco do leitor da violência para o que se passa no desespero de determinado personagem. Se você gosta de ação e mistérios (e cérebros) – Fort of Apocalypse é uma ótima pedida!



Espero que tenham gostado do post e que o final de semana seja ótimo!

Fort of Apocalypse já está no Voume #2 Ainda dá tempo de colecionar! Disponível nas bancas e no site da Editora JBC!

Postei também algumas fotos no insta ;D
Segue lá: @delson_neto

Beijos e até a próxima!






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