E aí, galerinha! Tudo bem com vocês?
Carnaval se foi e cá estou de novo!
Se é sua primeira vez aqui na minha coluna: seja bem vind@! Se já andou por essas terras aqui antes, tá sabendo que eu sou escritor e autor da saga de fantasia Os Guerreiros de Alquemena, que eu comecei os primeiros esboços e tive a ideia para esse universo quandro criança. No ano passado 'A Jornada de Lorenai' saiu pela Editora Arwen e também 'A Bolsa de Contos de Naví' no Wattpad.
Nem todo mundo gosta de mundos fantásticos, necessariamente, mas acho que todos nós como leitores gostamos de escapar de onde estamos para um novo ambiente, certo? Hoje vou comentar um pouquinho sobre a construção dos cenários em uma história!
Hoje teremos companheiros fofos no post,
aguenta aí!
Okay – personagens criados, trama traçada e é hora de escrever. Mas onde tudo isso que criei ficará? Minha história vai se passar em um único lugar? País? Dentro de uma casa? Parecem perguntas bobas e decisões que podem ser tomadas ao acaso, porém, o ambiente do enredo pesa demais na hora de descrever e principalmente inserir o leitor no seu ponto de vista. Cá entre nós, como leitores, é terrível começar uma história sem senso de direção algum! (não que eu tenha muito senso de direção).
Ao escolher um cenário, além de ser necessário termos um bom conhecimento do local – ainda que seja novo e criado por nós – temos que retirar todo o medo de nossos corações. Vão surgir pessoas dizendo que é clichê fantasia ambientada em cenário medieval, sci-fi no futuro, drama em um casarão luxuoso. Gente? Tá tudo bem usar ferramentas já usada antes, o que vai provar o poder da sua história é a forma de contá-la, e isso vale para qualquer gênero que escreva ou leia!
Pichu e Wobbuffet casualmente fugindo de um Golem – inocentes fugindo de um monstro, em um cenário medieval. Dá pra história rolar bem?
Construir um cenário não envolve só aspectos visuais. Veja, somos seres muito, muito sensíveis (mesmo que você seja como eu e tenha um coração de gelo), eu tive uma professora de redação que certa vez disse algo que eu sempre carrego comigo, e acho que já até citei por aqui: “não temos que ler só palavras, ou livros, temos que ser leitores da vida!”. Te dizer que ela estava certa. Depois que você aprende a ler tudo que está a sua volta, desde os estímulos de imagem, ao som da porta do ônibus, o cheiro do café, o seu bom ou mau humor, você muda como leitor e escritor.
Pichu muito escritor sentado e olhando para tudo a sua volta – como ficam as cores de Dratini e Wobbuffet nesse cenário? Que cheiro será que tem essa salinha?
Toda vez que penso em um ambiente para inserir determinado personagem, seja o local de onde ele veio, ou onde agora vive, abraço todos os aspectos possíveis daquele lugar (às vezes exagero, mas aprendemos a podar essas coisas). Por exemplo: no conto Beber ou Morrer (link: A Bolsa de Contos de Navi - Wattpad) a Fada Verde é a personagem principal apresentada, ela por si só carrega um cheiro específico, como posso inseri-lo no ambiente escolhido?
“Como se tratava de um golpe armado pela Fada Verde outro cheiro permeava o ar – o de álcool, que derretia as linhas paralelinérveas das folhas, e trazia mais tonalidades à paleta das flores que desabrochavam na madrugada.”
Ainda que de uma forma cheia de firulas na descrição, conseguimos entender que ela está em uma mata, ou algo do gênero, e o direcionamento da história. Os personagens e o plano de fundo sempre tem que estar em muita sincronia – afinal, eles são de carne e osso (ou até podem ser fantasmas dependendo do que você escreve haha) e não estão neutros no local.
“Credo, esse cheiro da Fada Verde” - Pichu
Com tudo isso em mente, passamos a desenhar em nossas cabeças por onde nossos personagens vão passar e onde a trama será desenrolada. Minha história tem muita referência da fantasia clássica, os Reinos são imensos, cheios de florestas, criaturas e um diferencial: aqui, o céu começa a ser consumido por rochas que flutuam e privam os seres de sol e chuva, causando uma boa devastação. Bem, minha cabeça doida criou isso: e agora, que sensação essas rochas transmitem? Como é ficar embaixo delas? Construir um ambiente é uma lição de empatia com o personagem.
“QUE DOR DE CABEÇA” - diz Wobbuffet enquanto Pichu nem percebe as rochas ali em cima.
Quando lemos uma história sentimos a necessidade de ser parte daquilo, e pode ser o cenário menos favorável, ou mais simples. Queremos sentir a garoa de uma cena de romance, o aroma das flores do campo daquela história de fazenda e o odor enjoativo dos esgotos da metrópole. Mesmo que seja sem querer, a imersão é muita mais gostosa quando criamos laços com o local presente ali nas páginas. Então se você escreve, ou lê muito, bora explorar a quantidade de mundos que temos nas prateleiras, independente de como eles sejam: eles estão prontos para nos receber!
O livro esgotou na Editora Arwen devido a promoção de carnaval! Tô superfeliz, mas meio aflito sobre ter ou não uma segunda tiragem. Oremos! Por enquanto, vocês podem conferir nos links abaixo uma degustação e um livro completo de contos. Ambos gratuitos no Wattpad!
→ http://tinyurl.com/faunonavi
→ http://tinyurl.com/leialorenai
Espero que gostem e que tenham um ótimo final de semana.
Ola
ResponderExcluirUma das coisas que mais chama a minha atenção nos livros são os cenários, especialmente por suas explorações, o que na minha opinião, valoriza ainda mais o desenvolvimento. Um dos gêneros que eu mais curto é a fantasia, então adoro poder me aprofundar mais nas ambientações escolhidas. Adorei seu post!
Beijos, F
Que bom que gosta de fantasia! Sempre bom achar amantes do gênero hehe
ExcluirBeijoos
Criar o cenário é tão gostoso! Especialmente quando vc conhece o passado do lugar (criado por vc ou não). É quase como estar de verdade lá enquanto escreve.
ResponderExcluirSiiim! Acho que é uma das partes mais gostosas mesmo. De repente a gente vê o tempo passar, imersos naquele cenário.
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