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COISAS QUE NÃO ENTENDO

Por Salvattore Mairton •
domingo, 1 de janeiro de 2017

 Hoje acordei com o ímpeto de sair por aí sem rumo. Andar, andar e andar até que minhas pernas peçam uma pausa. Bateu uma vontade de viajar pelo mundo todo e conhecer cada cultura, aquilo que me assombra e aquilo que me cativa. Passar uma temporada na Europa, dar um pulo no Canadá, depois ir para o Estados Unidos e, só então, quando me cansar, voltar pra casa, voltar para o meu conforto, para minha cama, que conhece tanto o meu corpo. 
 Por que bateu essa ânsia repentina? Não sei. Não há nada de estranho acontecendo. Tudo segue o curso normal. Mas é justamente isso que falta. Falta acontecer alguma coisa. Arriscar-me mais, me jogar de corpo e alma no desconhecido. Embarcar para algum lugar sem endereço anotado, sem celular e GPS. 

 À medida que o tempo passa a gente vai se dando conta do quanto é exaustivo atravessar os dias sem que haja um estupor, uma emoção. Óbvio que para uma viagem longa fora do país precisa-se de planejamento e um bom dinheiro para se bastar. Mas não precisa ser para fora do país, pode ser uma viagem para outro Estado, conhecer uma cidadezinha no interior e ficar lá até que volte a sentir saudade da metrópole. Mudar de emprego, de profissão, arriscar fazer o que nunca fiz. 

 O que me impede? Nada. Nada me impede. Não sou casado, não tenho filhos. Não há nada que me prenda. Acho que é isso que falta nas pessoas: desprender-se de tudo. 

 A vida é muito curta para ficar engessada ao definitivo (que de definitivo não tem nada) enquanto poderia estar contemplando o pôr-do-sol; a vida. É isso que não entendo. Eu não entendo o que leva uma pessoa ficar presa a um emprego durante 20, 30 anos — mesmo sabendo que não terá um retorno emocional. Eu não entendo como alguém consegue ficar até 12 horas dentro de um escritório sem contemplar o dia, sem sentir o vento no rosto, sem contemplar um estranho andando na rua. 

 Eu não entendo o porquê as pessoas ficam presas a um casamento durante 40, 50 anos sabendo que não há mais amor, não há mais sintonia, não há mais nada além de amizade. Ambos fazendo mal a si mesmos por medo de embarcar no desconhecido. 

 Eu não entendo o motivo de passarmos a maior parte do tempo trabalhando, estudando, muitas vezes fazendo nada, mudando de canal dia após dia tornando-nos reféns da tevê, da internet, num sedentarismo enquanto isso o globo gira. 

 Eu não entendo o porquê de termos tanto medo do desconhecido, tanto medo de atravessar a rua, a cidade, sem ter uma prévia do destino. Eu não entendo o porquê de sermos tão concretos mesmo sabendo que não temos controle sobre nada. Atravessamos os dias numa tentativa inútil de controlá-la. Planejamos o quanto vamos gastar; o que vamos fazer no almoço, na janta; fazemos a lista de compras; planejamos a semana seguinte, o mês seguinte, o ano seguinte e não tiramos o dedo da tomada. Até que num certo momento dá-se o curto-circuito. E quando vemos estamos sobre uma cama, imóvel. 

 Eu não entendo o porquê da gente se alienar a todas essas coisas. Eu não entendo o porquê da gente se entregar à morte estando em vida. 
 Que 2017 seja ano de recomeçar. Recomeçar uma nova vida, renovar as escolhas, renovar a si mesmo. Eu desejo que tenha coragem de abrir mão daquilo que não o agrada mais. Que você possa desapegar da dependência que tem no outro. Que possa ainda se olhar no espelho e ver o quanto ainda dá tempo de realizar muitas coisas. Feliz 2017. 

Por: Leandro Salgentelli

Comentários via Facebook

41 comentários:

  1. Eu às vezes entendo pessoas que estão casadas simplesmente por causa da amizade, é mais fácil termos alguém que sinta uma amizade pela gente do que encontrar alguém que sinta amor, um sentimento tão escasso hoje em dia. Às vezes entender o medo é complicado, acho que seja por isso que temos nossas limitações e também não perceber que esse algo é simples afeta mais ainda. Enfim, um texto bem profundo e cheio de aprendizado, gostei bastante.
    Trouxa do Livro

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 21:39

      Eu entendo tudo o que disse, e tudo o que disse faz total sentido, mas eu discordo. O que fazemos os desejos? E com as vontades? E com a vontade de renovar o sexo, mostrar-se vivo e inteiro? Duas pessoas casadas, que dividem o mesmo quarto, a mesma cama, enfim, amigos, não dão espaço para o que é vertiginoso... Pode ser que o amor tenha, sim, faltado no mercado, mas são produtos e produtos. (rs). Tudo o que disse tem conexão, eu que não me conformo. rsrs Um beijo bem carinhoso.

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  • Larissa Oliveira2 de janeiro de 2017 02:09

    Acho que esse medo da mudança tem certa coisa haver com o instinto de preservação: "por que se arriscar em algo que lode dar errado quando posso ficar com o que sei que é seguro?". E o pior é que o desconhecido é um medo real, que paralisa e congela a vida de muitas pessoas. É um medo a ser superado mas não sabeeia dizer como.
    Gostei muito do seu texto, me dez refletir sobre muita coisa.
    Feliz 2017!
    Beijos!

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 21:42

      Larissa, adorei seu comentário por diversos motivos, primeiro pela sua clareza, segundo por que o medo sempre nos deixa de mãos atadas, nos impede de seguir em frente, de se arriscar, e por não se arriscar, ficamos reféns dele. Que bom que texto ajudou a refletir sobre bastante coisa. Um beijo bem carinhoso.

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  • Oi, tudo bem?
    Nossa, essa sem dúvida nenhum é a minha coluna preferida aqui no blog, Você escreve muito bem <3 Muitas vezes as pessoas se prendem unicamente ao conforto ou áquilo que transmite segurança a elas e isso acaba as impedindo de se arriscar em novas coisas, em um emprego diferente, uma viagem sem rumo, entre outras coisas.

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 21:45

      Olá, Brenna, estou bem e você? Menina, fui falar até com o Mairton sobre como vocês são carinhosos, eu fico tão feliz, que não me chegam palavras para descrever. Obrigado, viu, pelo carinho. Um beijo enorme. Pega ele aí. <3

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  • Adorei!!!! A intimidade com as palavras e a forma como passou seus sentimentos e em algumas partes, sua indignação, foram excelentes. Também não entendo pessoas que se prendem a relacionamentos duradouros sem amo. Por que?
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 21:48

      Ivi, sua linda, obrigado pelo carinho, pelo lindo comentário. Eu fico até sem jeito com cada elogio... Pois é, toda vez que penso a respeito chego à conclusão que as pessoas definitivamente não querem se arriscar, querem ficar no seguro, no comodo, no fácil, impedindo que coisas maravilhosas aconteça. Adorei você. Um super beijo. <3

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  • Entre Livros e Amores2 de janeiro de 2017 11:25

    Olá ♥
    Nossa que texto maravilhoso.
    Concordo plenamente com você quando pessoas ficam tantos anos junto sem amor, pra que? Com medo de ficar sem ninguém ? Temos que viver intensamente. Acho comum termos medo de algo desconhecido, pois não sabemos até onde podemos chegar, acho que está ai a graça você tem que conhecer o novo e deixar o comodismo de lado. Tenho vontade de colocar uma mochila nas costas e me aventurar sem pensar no amanhã.
    Ame o texto me identifiquei muito ♥

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 21:51

      Oi, eu também me identifiquei MUITO com seu comentário. Uauuu... Você está coberta de razão, assino em baixo, somos um bandos de medrosos que não querem sair das azas dos pais, mas entendo tudo isso, fomos domesticados demais, isso é cultural. Que consigamos romper. Cruzemos os dedos. Um beijo bem carinhoso.

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  • Amei o texto, até desceu umas lágrimas pois entendo perfeitamente. Tenho 17 anos e a única coisa que me permito fazer é estudar pra ingressar em uma faculdade, sabendo que ao chegar lá tenho mais anos pela frente de mais estudo e olhando pra trás, percebo que realmente não fiz nada, tanto pela dificuldade de sair por aí na minha idade, quando pela falta de incentivo dos adultos que acham que somos feitos apenas pra estudar. Seu texto me deixou pensativa, gostei muito. Parabéns.

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 21:56

      Manuh, sua linda, nossa, obrigado pelo comentário tão comovente. Que bom que o texto ajudou em algo, seja na comoção, para repensar a vida, enfim, se algum conselho servir, estude aquilo que ama fazer, opte por seguir a carreira que toque seu coração. Não pelo dinheiro, pelo retorno mais palpável, siga sempre a sua vontade, porque, no final das contas, ninguém vai bater a sua porta oferecendo ajuda. Um beijo enorme. Pega ele aí. <3

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  • O desconhecido apavora, amedronta e paralisa. E com isso, faz com que a gente continue na mesmice - que pode não trazer nada mas que é mais seguro pois já sabemos, já conhecemos, já estamos acostumados.
    É complicado dar o primeiro passo, buscar a mudança, arriscar sair da zona de conforto... Ao mesmo tempo que a consciência sabe disso, os sentimentos nos travam. Mas, sempre é tempo de tentar, de arriscar, de trocar o lado do disco...
    Que 2017 seja esse ano!!!
    Amei o texto!!!!
    Beijinhos,
    Lica
    Amores e Livros

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 21:59

      Lica, adorei tanto seu comentário que li várias vezes, não sei se escreve, mas devia arriscar a escrever. Tem estilo. Que em 2017 possamos nos arriscar mais, trocar o lado do disco tantas vezes que forem necessárias. Amei seu comentário, obrigado por ter vindo. Feliz 2017! Beijos.

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  • Priscila Alexandre3 de janeiro de 2017 19:09

    Muitas pessoas possuem essa ânsia de agarrar o desconhecido, não importando as consequencias que seu ato possa ter. Outras preferem planejar... E outras, não ligam se sua vida está cômoda: a vida deles está onde eles querem.

    É difícil aceitar que as pessoas podem estar felizes onde estão. Seja na turbulência, seja na calmaria. Simplesmente porque cada um é cada um... Não há porque espantar-se com isso.

    Somos criaturas surpreendentes, afinal.

    www.asmeninasqueleemlivros.com

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 22:09

      Discordo com tudo o que disse, ninguém nunca está onde quer. O que acontece é que as pessoas passam tanto tempo almejando algo, acreditando cegamente que o milagre ira cair do céu, que se acomodam com a vida que levam. Há vários fatores para isso acontecer, medo, condição social, responsabilidades, enfim, quando uma pessoas não se arrisca a fazer nada, e ficam num emprego durante anos, que referências elas têm para indagarem que são felizes? Agarrar o desconhecido não é sinônimo de irresponsabilidade, é se permitir por uma única vez um pensamento bárbaro, por exemplo. A gente deve, sim, se espantar com a forma como as pessoas levam suas vidas, principalmente quando boa parte de suas omissões está ligada ao social, logo, com a falta de oportunidades... Enfim, um assunto que rende, mas paro por aqui. Um beijo bem carinhoso. <3

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  • Olá Leandro,
    Primeira coisa: PALMAS! Seu texto está perfeito e retrata muito bem o comodismo que acho que algumas pessoas sentem. Acho que essa ânsia de mudar, de fazer a diferença, de agir diferente está presente em todos nós, mas muitos deixam de lado porque sentem-se bem da forma que estão, sabe?
    Eu sou uma pessoa que não me acostumo muito com o comodismo, gosto de mudança e enjoo muito fácil das coisas.
    Beijos,
    Um Oceano de Histórias

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    1. Leandro Salgentelli3 de janeiro de 2017 22:17

      Bruna, obrigado pelo comentário. Fico muito feliz que tenha gostado. Pra você confesso uma coisa: também sou solúvel. Não sou o mesmo que semana passada o que dirá daqui há um ano. E acho que isso é positivo, não está atrelado ao bipolar, mas pela busca constante de se desvendar. Adorei tudo o que disse de modo que me senti acolhido. Um beijo carinhoso pra você. Feliz 2017.

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  • Esse texto bateu forte com minhas reflexões de vida, sou casada, tenho um filho, e gosto dessa parte da minha vida, mas tambem sou aquela que adorar fugir da rotina, se nao faço isso, me perco, me entristeço, gosto disso de fazer coisas inesperadas e no final, voltar para o recanto da minha casa... Tomara que meu 2017 seja melhor que meu 2016.

    Beijos!!

    Viviana

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    1. Leandro Salgentelli5 de janeiro de 2017 16:11

      Viviane, adorei seu comentário. Que vida interessante, hein, esta sua? A gente passa muito tempo cuidando do outro, pensando no outro, a ponto de perdemos de nós mesmos. Que bom que conseguiu fugir disso. Um beijo bem carinho e feliz 2017.

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  • Se eu paro muito para pensar nesse lance de rotina, sempre trabalhar, chegar em casa, fazer comida, dormir, e repetir tudo de novo eu entro em deprê, sério. hahaha às vezes entro em crise existencial quando tento entender qual o propósito de tud, rsrs. O texto é bastante reflexivo, e na verdade é bom de vez em quando nos questionarmos sobre algumas coisas.
    Adorei muito o texto, parabéns ! E ótimo 2017.
    beijos
    www.apenasumvicio.com

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    1. Leandro Salgentelli5 de janeiro de 2017 16:13

      Dessa, pior que você tem razão. Pensar demais nunca funcionou. Mas não pensar também nos leva a estreiteza. Continuemos as nossas vidas de muito trabalho, muito estudo e se divertindo ao mesmo tempo, senão enlouquecemos todos. Um beijo e feliz 2017.

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  • Memórias da Cat5 de janeiro de 2017 22:34

    Recomeço é a palavra de ordem para mim esse ano nem que para isso eu tenha que passar por cima de meus defeitos como o fato de ter medo de alguns acontecimentos. Amei seu texto. Beijos

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    1. Leandro Salgentelli7 de janeiro de 2017 22:08

      Se jogue. Meu conselho, espero que não me ouça. (rs) Um super beijo. <3

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  • Olá =) Mudança é algo necessário. As vezes ela da medo, unas são para melhores outras nem tanto e essa é a insegurança que a mudança trás. Porém devemos buscar sempre mudar as coisas para melhor, e se não der certo de primeira continuar até dar certo. Esse clima de começo de ano vem com isso, todos querendo mudar, porém acredito que tempo de mudança é todos os dias. Beijos'

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    1. Leandro Salgentelli7 de janeiro de 2017 22:09

      Dayane, concordo contigo, não precisamos decretar isso apenas nas viradas, as mudanças podem ser executadas diariamente, a cada amanhecer. Um beijo e obrigado pelo comentário.

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  • olá
    um bom ano para ti, sei que 2016 foi difícil para todos mas que 2017 seja recheado de mudanças boas e acontecimentos incríveis, adorei o post, me inspirou bastante

    beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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    1. Leandro Salgentelli7 de janeiro de 2017 22:12

      Catharina, sua linda, desejo um ano repleto de alegria (com uma boa dose de tristeza para não perder a introspecção. Obrigado, fico feliz que tenha se inspirado. Um beijo gigante. Adoro seu blog. <3

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  • Suelen Fernandes9 de janeiro de 2017 13:41

    Olá!
    É do ser humano planejar toda a sua vida e quando foge do script as pessoas não sabem o que fazer. As vezes a gente olha para trás e vê tudo que fizemos e a maioria não foi nada daquilo que queríamos. Eu me arrependo de várias coisas que fiz, mas não dá para viver de passado. Temos que sempre nos reinventar e seguir em frente.
    Beijinhos!

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    1. Leandro Salgentelli11 de janeiro de 2017 15:01

      Suellen, exatamente isso. Você resumiu esse texto em poucas palavras. Tem talento. Um beijo bem carinho e obrigado pelo comentário.

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  • Oi, tudo bem?
    2017 está bem no começo e para mim será um ano com muitas incertezas. Porém, espero sempre crescer e procurar seguir adiante. Inovar na vida e me renovar como pessoas.

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    1. Leandro Salgentelli11 de janeiro de 2017 15:03

      Eu estou bem, Italo, e você? Desejo que se renove sempre, a cada amanhecer, a todo o momento. Obrigado pelo comentário. Desejo um bom ano pra você. Abraço.

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  • Olá....
    Nossa, que texto incrível e profundo.
    adorei o blog e a mensagem que o texto passou.

    um grane abraço.

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    1. Leandro Salgentelli11 de janeiro de 2017 15:03

      Ah, que bom que gostou, Nathan, volte sempre. Um abraço bem forte.

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  • Gabrielly Marques11 de janeiro de 2017 23:47

    Oii Leonardo, tudo bom? Gostei muuito desse seu texto! As vezes bate uma vontade de viajar, conhecer outras pessoas, viver aventuras, ter alguma adrenalina, alguma coisa marcante, ver algo acontecer... Mas existe esse medo do desconhecido. Eu tenho agorafobia e sei bem o que é isso. Apesar de querer sair e conhecer o mundo, mal consigo sair de casa para qualquer lugar. As vezes a escolha nem é nossa.... Muito boa reflexão.
    beijos!

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    1. Leandro Salgentelli15 de janeiro de 2017 19:06

      Gabrielly, obrigado pelo comentário tão gentil. Nunca tinha ouvido falar dessa fobia. Mas veja pelo lado bom: você pode viajar pra vários mundos sem sair do portão de casa pra fora, pode se aventurar num bom livro, numa boa música, e acredite, o prazer é o mesmo. Um super beijo.

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