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[RESENHA] JOYLAND

Por Bruno Marukesu •
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Autor (a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Ano: 2015
Lido em: janeiro de 2016
Nº de Páginas: 240
Onde Comprar: SUBMARINO

 Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.

 Em JOYLAND, somos apresentados ao Devin Jones que relembra sua juventude no ano de 1973 quando tinha 21 anos. 73 foi o ano em que teve o coração partido pela primeira vez ao sentir o afastamento gradativo de sua amada. Dando uma guinada brusca em seus planos pessoais, ele decide arranjar emprego temporário de verão e o seu destino é o parque de diversos Joyland, localizado no litoral da Carolina do Norte.

 Dev consegue o emprego e logo de cara fica sabendo sobre o assassinato ocorrido dentro do parque anos atrás tendo uma vítima encontrada morta dentro do trem fantasma chamado Horror House. Isso despertar a curiosidade do nosso protagonista sendo foco do seu pensamento em vários momentos durante a sua estadia no parque. O caso é ainda mais intrigante porque não foi encontrado o assassino, pois o seu rosto aparecia oculto pelas fotos tiradas na época do crime. E para atiçar a total curiosidade de Dev, segundos alguns funcionários a vítima morta, Linda Grey, aparece para algumas pessoas no trajeto do brinquedo.

 Dev se hospeda próximo ao parque e toda manhã caminha pelo litoral para chegar no trampo. Durante essa caminhada ele sempre vê uma mulher preocupada de ar sério a zelar pelo seu filho novo que usa cadeira de rodas.

 No decorrer dos capítulos é discorrido sobre o funcionamento do parque e os hábitos que Dev deve tomar para não ter uma insolação (risos). Mas sempre é chegado um momento que o foco é direcionado para o caso de Linda Grey, principalmente quando um amigo de Dev vê ela dentro do trem fantasma e passar a se sentir estranho quando fica próximo do brinquedo!

 Para quem acha que Joyland é um livro de terror infelizmente se engana por essa linda capa. É só uma fachada utilizada pelo mestre do terror King. Joyland é um drama comovente em momentos chegando a arrancar lágrimas e suspiros de tristeza. Não possui uma linda história, mas sim desmancha em nossos olhos a aflição da existência humana, a dor dos rompimentos, a desilusão juvenil, a tristeza profunda da morte, a traição, a simples alegria e a nostalgia.

 Os personagens são deveras cativantes com destaque para Mike. Ele roubou a cena e me fez cativar o livro com lágrimas nos olhos. O cenário do parque e ademais localizações próximas é bem construída, mas fictícias, vale ressaltar. O enredo flui de uma maneira surpreendente que só King consegue construir. A obra pode não ser de terror, mas que ainda possui em sua essencial, misturada no grosso com drama e mistério policial.

 A capa do livro é estupidamente linda. Gostei bastante. Os capítulos são divididos por corações negros.
 As páginas possui coloração amarelada e as letras sõa numa fonte média possibilitando uma leitura mais prazerosa e veloz, dependendo do seu hábito de leitura. Não tenho nada a reclamar da edição, só parabenizar a editora Suma de Letras pelo cuidado com a obra.

 O desfecho do enredo me fez respirar fundo e bater palmas, mais uma vez, para Stephen King. Meus deuses, tudo que esse homem escreve é uma mina de ouro!

 Para quem procura um livro com enredo que carregue em sua essencial as decepções que a vida proporciona, Joyland é a pedida certa.

Créditos da foto do post: ENTRELINHAS FANTÁSTICAS.
OBS = livro lido para o Desafio #Eu Li 2016. <6º ITEM>


Comentários via Facebook

11 comentários:

  1. Ooi, Bruno!
    Faz tempo que quero ler algo do Stephen King, nunca li!, e me disseram para começar por Joyland porque é exatamente isso que você disse, mais drama do que terror.
    Com certeza quero dar uma chance.
    E essa capa é muito linda, muito vintage, né?

    Beijoooos

    www.casosacasoselivros.com

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  2. Tenho muita vontade de ler os livros desse autor, mas tenho receio pois não costumo ler nada de terror, mas após ler sua resenha fiquei bastante feliz em saber que esse livro na verdade foca no drama, e no mistério policial, e isso de certa forma fez com que eu me interessasse ainda mais por essa leitura, espero gostar, esse vai pra minha lista de desejados.

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  3. Stephen King foi um dos responsáveis por me tornar uma leitora inveterada. O primeiro livro de terror que li foi A Hora do Vampiro (Salem's Lot) e até hoje coleciono obras do autor. Só li coisas boas a respeito desse livro e quero muito adicioná-lo à minha coleção! *-*

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  4. Pera... um livro de King e não é terror? O.o acho q quero ler rsrsrs

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  5. Marie dos Santtos15 de maio de 2016 18:20

    O livro parece conter uma história intrigante!! Tomara que Devin Jones consiga pegar o assassino de Linda Grey, quero muito saber como termina este surpreendente enredo!! Realmente o livro parece não ser de terror, mas de momentos de reflexão sobre tudo que acontece ao nosso redor!! Sempre achei a capa muito linda, tipo anos 60!! Já quero ler!!

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  6. Francisca Elizabete18 de maio de 2016 21:23

    Lendo a resenha fiquei instigada a ler o livro!! Gosto deste lance de mistério e sobretudo de ficar na expectativa do que vai acontecer!! Fiquei muito interessada em saber como termina tudo isto!!

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  7. Jhennifer Alves Fernandes23 de maio de 2016 14:33

    Aii sou um pouquinho medrosa, mas tenho bastante vontade de ler algo do Stephen, a curiosidade bate forte kkkk ... Mas não sabia por qual iniciar, justamente por ser um pouco medrosa. Então gostei da sua resenha, porque agora sei que quero iniciar as leituras do Stephen pelo Joyland ;)
    Bjoes

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  8. Gosto muito do gênero mas nunca li nenhum livro do Stephen King. Dizem que ele é um ótimo autor.

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  9. Até agora só li um livro do Stephen King (Tripulação de Esqueletos) e, desde então, já me tornei fã dele. A maneira com a qual ele conduz suas tramas é fora de série. Mesmo que drama não seja meu gênero preferido, abro uma rara exceção por se tratar do grande mestre. Além disso, a trama também me deixou curioso pra acompanhar. Espero ter a oportunidade de ler em breve.

    @_Dom_Dom

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  10. Kenia Fagundes5 de junho de 2016 21:34

    King é o rei, quero ler esse livro.
    A resenha está ótima.

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  11. Não imaginava que King.,MR.King pudesse ser fascinante,julguei-o mal.Leria com certza.

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